sábado, 1 de outubro de 2011

One Day


Fui ver o filme e aconselho vivamente, ''One Day'' proyagonizado por Anne Hathaway e Jim Sturgess, é um drama do melhor e já me constou que o livro ainda consegue superar as expectativas.
Ensina-nos que devemos viver o dia a dia, valorizar pequenos gestos, o tão velho Carpe Diem, sobretudo no amor, não encarar nada como garantido, hoje alguém pode amar-nos e estar do nosso lado, amanhã pode não estar, pois não sabemos quanto durará a existência de cada um, a imprevisibilidade e ironia da Vida.
O filme é simplesmente magnífico, dei comigo a chorar a determinada altura e acreditem que jamais choro em filmes, sobretudo no cinema, mas vale a pena ver!

E agora ando viciada nesta música da banda sonora. 

Relações


Quando somos mais jovens as relações, os namoros, são mais simples, ingénuos, derivado à idade, à ausência de responsabilidades, ao facto de não pensarmos tanto no futuro, de não termos personalidades tão vincadas e necessidade de independência.
Em adultos tudo muda, sentimos a paixão, vivemos as relações de forma mais madura, contudo é tudo mais difícil, ter tempo para, a adaptação, as cedências, as discussões e dificuldades, entre outros motivos. Mas tudo isso é que fortifica uma relação, porque só estamos nela se valer mesmo a pena, se gostarmos mesmo da pessoa.

O meu feitio não é propriamente fácil, tolero muito mas também quando me salta a tampa, salta mesmo, sou uma romântica, uma apaixonada, por vezes algo conservadora, que por vezes não consegue interpretar alguma ausência de sensibilidade masculina para algumas questões, que pelo menos para mim são importantes. O meu namorado é uma óptima pessoa, porque é, estava sozinho à alguns anos, tinha os seus flirts mas nada sério nem íntimo, foi um romântico em tempos com uma mulher que não gostava dele, não o respeitava, vivia focada no prestígio e em subir na carreira a todo o custo, e isso tornou-o numa pessoa mais fria e contida, por vezes demais.
Tem dias em que me revolto com isso, porque ela teve tudo e foi uma ''besta'' com ele, não teve a ombridade de o deixar para ter alguém a ampará-la quando necessitava, nem ele teve o orgulho, amor-próprio e dignidade necessários para terminar a relação dado que gostava muito da pessoa em questão, sei-o por ele e por amigos. 
A vida não é justa, hoje a fulaninha (dado que não a respeito minimamente) está casada com um fulaninho bem mais velho que abunda status e ajudou-a a alcançar a posição que ela desejava em termos profissionais (é o ''amor''), ao passo que ele está comigo, feliz, mas repleto de medos e marcas do passado. 
Se me perguntarem não é fácil, é uma luta diária. Tem dias em que me esgota a paciência o facto dele remar tanto contra o que sente, com medo que a história se repita, volta e meia pergunta-me se conhecer um homem mais velho e bem sucedido se o deixo, ou então pior, afirma. 
Mas depois acho que ele merece que lute por ele, assim como sei que tem dias em que sou invadida pelos meus fantasmas e fico insuportável, insegura, e ele luta por mim e está do meu lado.

Se me perguntarem se vamos ficar juntos, se temos futuro, não sei e prefiro não opinar muito sobre esse tema. Aprendi a não fazer castelos na areia, a não planear muito e viver um dia de cada vez, com esperança que este amor que nos une tenha finalmente pernas para andar.
Pode parecer frieza ou desencanto da minha parte, mas a vida é mesmo assim, let it flow.